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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A falta de mão de obra também é desafio no setor contábil

Assim como em tecnologia da informação e construção civil, o segmento de contabilidade também tem enfrentado dificuldade quando o assunto é mão de obra especializada. De acordo com Luiz Fernando Nóbrega, presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), o retorno do exame de suficiência e os novos cursos para contabilistas trarão ao mercado profissionais mais preparados para atuação.

“Voltamos com o exame no ano passado e tivemos no primeiro exame —que é semelhante ao dado pela Ordem dos Advogados do Brasil —aprovação na casa dos 30%, no segundo teste o índice foi de 50% isso mostra que há uma melhora gradual no perfil do aluno que entra no mercado”, diz.

Nóbrega disse ainda que o exame tem a função de forçar toda a cadeia do setor, e nivelá-la por cima. “As universidades precisam se adequar a nova realidade do segmento, os alunos precisam saber que é necessário dedicação para poder exercer a profissão a empresa fica mais segura sobre quem está contratando”, disse.

Ele afirma que a necessidade de mais mão de obra especializada acontece pelo crescimento acelerado do setor, que segue a cima do crescimento da economia. “As empresas às vezes precisam contratar profissionais de outras áreas e depois tentar trazê-los para a contabilidade porque há poucos profissionais no mercado.”

Nóbrega lembra que alunos de cursos de Administração, Direito e Comércio Exterior são alguns dos exemplos. “Temos casos de estudantes que começam em outras áreas e depois passam para contabilidade por ser uma área em constante crescimento.” Quem precisou ampliar o leque de opção de profissionais para crescer foi o sócio da Ardana & Netto, que passou a contratar profissionais de outras áreas e oferecer cursos de contabilidade.

“Ano passado já esbarramos em muitas dificuldades para encontrar contadores de perfil mais jovem, ideal para o nosso foco de trabalho”, disse. “A solução encontrada”, explica o executivo, “foi contratar profissionais de áreas similares, como a de administração de empresas e ciências atuariais, e oferecer cursos técnicos no setor contábil.

Hoje a empresa conta com 30 funcionários, sete dos quais não são contadores.

Perfil
O perfil do contador brasileiro tem mudado muito nos últimos anos, a explicação, segundo Nóbrega está ligada diretamente aos jovens que chegaram ao mercado de trabalho e trazem novas idéias para dentro dos escritórios. “Falamos agora de um publico mais jovem e mais antenado, mais atento às necessidades de mudanças e aos novos rumos do setor”, diz.

E o perfil do aluno que vai para a universidade também é diferente. “Falamos de uma classe que, muitas vezes, vai iniciar a faculdade já trabalhando no ramo, já em contato com a profissão”. Isso, de acordo com ele, representa um perfil diferenciado, inclusive, para os cursos. “De fato podemos pensar em cursos de contabilidade que sejam feitos em Ensino à Distância (EAD) porque falamos de alunos que já estão no mercado de trabalho, e encontram no EAD uma forma pratica e eficaz de conseguir uma graduação e se preparar ainda melhor para o mercado”, disse Nóbrega.

Paula cristina
Fonte: DCI – SP via Fenacon
http://www.robertodiasduarte.com.br/a-falta-de-mao-de-obra-tambem-e-desafio-no-setor-contabil/

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