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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Estudo desvenda características comuns a empreendedores

Pesquisa realizada pela Ernst & Young com empreendedores de todo o mundo desafia o senso comum de que todos os empreendedores iniciam seus negócios sem completarem o ensino formal e sem qualquer experiência empresarial. O levantamento Nature or nurture: Decoding the entrepreneur revela que 60% dos entrevistados descreveram a si mesmos como empreendedores “transicionais” – em outras palavras, que chegaram a ter empregos antes de estabelecerem seus próprios negócios.
 
“Líderes empreendedores são definidos por suas experiências iniciais de negócios, seu histórico cultural, pelo meio ambiente e também por suas características natas”, afirma André Viola Ferreira, sócio-líder para mercados estratégicos da Ernst & Young Terco. “Mas, em uma análise geral, o desenvolvimento, e não a natureza dos empreendedores, parece ser o mais importante na formação da mentalidade empresarial”, completa.

Apesar de muitos dos entrevistados terem começado a empreender ainda jovens, 45% deles disseram que não iniciaram seus negócios antes de terem completado 30 anos ou mais. Quando perguntados qual foi a mais importante fonte de aprendizado, em termos de carreira, um terço deles respondeu que foi justamente a experiência como empregado em outra empresa. Além disso, 30% destacaram a educação superior que tiveram e 26%, os mentores.

“Visão” e “paixão”
Enquanto a pesquisa mostra que empreendedores são feitos – ao invés de nascerem empreendedores –, ela também constata que eles tipicamente irão exibir uma combinação de comportamentos e atitudes que provavelmente serão diferentes de muitos de seus pares em outras organizações mais estabelecidas.

Quando perguntados quais são as três qualidades mais importantes de um líder empreendedor, mais de três quartos dos entrevistados identificaram “ter visão”; 73% disseram “paixão”; e 64%, “esforço”. Os índices para flexibilidade (33%), foco em qualidade (18%) e lealdade (14%) ficaram bem abaixo.

“Essas descobertas destacam que os mais bem-sucedidos empreendedores compartilham uma combinação única de enxergar oportunidades onde outros veem apenas risco”, afirma Ferreira. “Eles tendem a ser otimistas e acreditam que podem ter sucesso, mesmo que outras pessoas digam o contrário”, completa.

Diversificação
Para a maioria dos empreendedores, lançar apenas um negócio claramente não é o suficiente. E, também, fica claro que é preciso ter obstinação. Entre os entrevistados, 60% deram início a três ou mais companhias; 20% a seis ou mais; e 10% disseram que já haviam fundado dez ou mais empresas em suas carreiras.

Isso não significa que, ao criar essas companhias, automaticamente eles cortaram todos os laços com seus interesses anteriores. Quarenta e cinco por cento dos entrevistados disseram ter retido algum domínio de seus antigos negócios, e 28% que mantiveram alguma participação.

Barreiras
Seis em cada 10 entrevistados que vivenciaram obstáculos em seus empreendimentos citaram o principal como sendo a falta de financiamento para o crescimento. Isso reflete o ambiente atual, onde muitos empreendedores afirmaram que continuam enfrentando problemas de acesso a funding, apesar da melhoria gradual nas condições de crédito em muitos países. O outro obstáculo mais citado é contratar as pessoas certas com expertise apropriada.

O estudo baseia-se em uma pesquisa com 685 empreendedores e entrevistas aprofundadas com vencedores do prêmio Empreendedor do Ano, realizado anualmente pela Ernst & Young em mais de 50 países há 25 anos. A análise oferece insights sobre características, frustrações e objetivos profissionais que são comuns a alguns dos empreendedores que conseguiram destacar-se e prosperaram em diferentes ambientes econômicos. Site: http://www.ey.com.br

Fonte: http://www2.uol.com.br/canalexecutivo/notas111/2908201114.htm 

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