Em palestra, Paul Maritz afirma que a computação desktop foi pensada
para a década de 1970 e não se adequa mais à força de trabalho atual.
O CEO da VMware, Paul Maritz, conclamou os consumidores a pensar além
do computador desktop. É uma metáfora morta, ele insistiu, e que não se
ajusta à força de trabalho atual.
“Os PCs não são mais o único bicho do zoológico. Cada vez mais os
usuários carregam outro tipo de aparelho em suas mãos”, afirmou, na
palestra de abertura da VMworld 2011, conferência que ocorre esta semana em Las Vegas (EUA).
Em cinco anos, menos de 20% dos computadores clientes usarão o
Microsoft Windows, previu. O trabalho de fornecer aplicações e dados
“não pode mais pertencer unicamente a um aparelho ou a um sistema
operacional. Assim, temos de nos distanciar da ideia de desktop”, disse.
Embora o VMware tenha feito sua fama fornecendo software para
servidores virtualizados, a empresa está rapidamente construindo uma
arquitetura de software para que organizações possam rodar e usar nuvens
privadas e híbridas, construídas ao redor de seu software vSphere para
gerenciamento de recursos virtuais.
Rumo à nuvem
Em sua apresentação diante de muitos dos 19 mil registrados na conferência, Maritz disse que os clientes deveriam migrar da virtualização para uma infraestrutura completa de nuvem. Ele ressaltou que 50% da infraestrutura do mundo roda em virtualização. A nuvem, concluiu, é o próximo passo lógico.
Em sua apresentação diante de muitos dos 19 mil registrados na conferência, Maritz disse que os clientes deveriam migrar da virtualização para uma infraestrutura completa de nuvem. Ele ressaltou que 50% da infraestrutura do mundo roda em virtualização. A nuvem, concluiu, é o próximo passo lógico.
Uma infraestrutura de nuvem será necessária, acrescentou, para
acomodar as necessidades de uma força de trabalho mais dinâmica. Ela
permitirá que administradores entreguem aplicações e informações às
pessoas e não a aparelhos.
Algumas organizações parecem mover-se nesta direção. Maritz disse que
há agora mais de 800 mil administradores vSphere, incluindo 68 mil
certificados na tecnologia.
“Eu passei toda minha vida trabalhando em um PC”, admitiu Maritz, que
tem 56 anos. “A metáfora do desktop surgiu nos anos 1970 e veio do
laboratório de pesquisas Xerox Parc, que, à época – 1975 -, explorava
‘como automatizar a vida do trabalhador de colarinho branco’ ”, disse.
“Os pesquisadores conceberam o computador como aproximações das
ferramentas do trabalhador de escritório – móveis de arquivos, máquinas
de escrever, arquivos, pastas, caixas de entrada e saída.”
“Nós ganhamos um ótimo ambiente desktop”, disse. “O problema é que as
pessoas com menos de 35 anos não sentam atrás de mesas, e eles não
gastam todo seu tempo acariciando documentos. Eles estarão lidando com
fluxos de informação que virão a eles em pacotes muito menores e com
maior frequência. Estamos nos movendo rumo a uma nova era pós-documento e
precisaremos de soluções diferentes.”
Nova fundação
Maritz explicou como os produtos da VMware podem fornecer uma fundação para este novo tipo de operação. O vFabric, da VMware, fornece um conjunto de ferramentas para que desenvolvedores construam aplicações que possam rodar nativamente na nuvem. O CloudFoundry fornece um serviço de plataforma (Platform-as-a-Service, ou Paas) que os clientes podem usar para rodar suas próprias aplicações em hardware externo.
Maritz explicou como os produtos da VMware podem fornecer uma fundação para este novo tipo de operação. O vFabric, da VMware, fornece um conjunto de ferramentas para que desenvolvedores construam aplicações que possam rodar nativamente na nuvem. O CloudFoundry fornece um serviço de plataforma (Platform-as-a-Service, ou Paas) que os clientes podem usar para rodar suas próprias aplicações em hardware externo.
Outro produto é o View VDI (Virtual Desktop Infrastructure), software
que permite a usuários acessar seus dados e aplicações por meio de uma
ampla variedade de clientes. E o recém-lançado VMware Horizon fornece um
portal corporativo para que os usuários possam acessar facilmente novas
aplicações.
A apresentação também exibiu vários clientes que adotaram nuvens
privadas para suas operações. A Bolsa de Valores de Nova York mantém seu
serviço de negociações Euronext em cerca de 2.300 máquinas virtuais em
uma configuração de nuvem privada. A empresa utiliza vSphere, vShield,
vCloud Director e outras tecnologias da VMware, afirmou o
vice-presidente executivo e CIO Steve Rubinow.
Outro cliente da VMware é a Southwest Airlines. Nos últimos 18 meses,
a Southwest virtualizou 40% das aplicações que utiliza para fornecer
serviços online. Ela tem como objetivo virtualizar todas suas
aplicações. A empresa usa vFabric, vSphere, vMotion, Hyperic e GemFire,
entre outros softwares da VMware. “Nós rodamos uma parcela significativa
de nossas aplicações e serviços na infraestrutura da VMware”, disse o
vice-presidente e CTO da Southwest, Bob Young.
“Nosso movimento rumo à nuvem trouxe mudanças significativas na
disponibilidade de nossas aplicações para nossos clientes internos e
externos”, declarou Young.
(Joab Jackson)
Fonte: http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2011/08/30/a-nuvem-poe-fim-a-era-do-desktop-diz-ceo-da-vmware/
Nenhum comentário:
Postar um comentário