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sexta-feira, 17 de junho de 2011

O sucesso do negócio depende da boa escolha do sócio

A complexidade no mundo dos negócios tem levado os futuros empreendedores a pensar na formação de uma sociedade para reduzir os riscos de uma nova empreitada ou aumentar a capacidade de investimentos da empresa já existente. Uma das saídas para isto é procurar no mercado um futuro sócio para seu novo negócio, ou mesmo um novo sócio para uma empresa que esteja em pleno funcionamento.

Os fatores que levam a buscar um sócio podem ser diversos: a necessidade de recursos para abrir, ampliar ou mesmo sanar uma dificuldade financeira da empresa; intenção de dividir responsabilidades e riscos do negócio; plano de continuidade da empresa; aumento da rede de relacionamentos e oportunidades; expansão dos negócios etc.


Qualquer que seja o motivo, não pode haver negligência na avaliação do candidato a sócio. Um grande amigo pode ser um péssimo sócio, o filho pode não ter talento para dar continuidade à empresa, um desconhecido que possua os recursos financeiros ou a experiência necessária pode não ser idôneo.


Popularmente, compara-se sociedade a casamento. Guardadas as devidas proporções, há sim algumas similaridades. Em ambos é necessária a convergência de crenças, de valores e de princípios. O comprometimento, a transparência, a comunicação, a paciência, a cumplicidade e a capacidade de superação nos momentos das turbulências são fatores importantes. Não se casa pensando na separação, assim como ninguém abre uma empresa projetando o fechamento das suas portas.


Mas sabemos que, tanto no casamento quanto na união entre sócios, há o risco de conflitos e separações. E os motivos são os mais diversos: incompatibilidades, infidelidades, discussões nas delegações das tarefas, falta de foco para um objetivo comum, problemas orçamentários, (más) influências externas etc.


Existe uma fórmula que garanta pleno sucesso nessa escolha? Certamente, não. Mas alguns cuidados são fundamentais, pois muitos conflitos poderão ser evitados se os novos parceiros de negócios colocarem o profissionalismo em primeiro lugar. E o que isso significa?


A constituição de um empreendimento requer do(s) sócio(s), basicamente, idoneidade, responsabilidade, conhecimento do mercado em que se pretende atuar, capital para investimento, talento e habilidade para as tomadas de decisões.


É importante pesquisar, identificar e explorar as complementaridades. As diferenças de habilidades entre os novos sócios podem se transformar em diferenciais competitivos importantes no sucesso da empresa: um sócio é expert em marketing, outro em finanças e um terceiro nas operações, por exemplo. Se bem trabalhada a soma dessas habilidades em prol dos objetivos comuns, a empresa pode se diferenciar das concorrentes no seu mercado de atuação.


Características de personalidade podem gerar afinidades ou não. Por exemplo, se ambos forem líderes sem abertura para diálogo, ou se nenhum deles tiver habilidade para negociação e liderança, provavelmente a sociedade será prejudicada. Outro fator a considerar é a meta de cada sócio. Se um deseja a expansão e crescimento da empresa e o outro estiver satisfeito com a posição atual, poderá ocorrer desavença.


Os sócios não precisam ser grandes amigos, precisam se comunicar e se entender.

Pelo menos um deles deve entender bem o ramo de atividade. Esse conhecimento e experiência serão primordiais para as decisões da atuação da empresa no mercado.

É importante pontuar que manter a saúde financeira da empresa e dos sócios é imprescindível, tendo em vista que os bancos e fornecedores irão analisar as informações do CNPJ e dos CPFs dos sócios no momento de conceder crédito. É importante que o empreendedor monitore as informações da empresa e dos sócios nos bureaus de crédito, permitindo assim que ele se antecipe e resolva eventuais pendências financeiras antes de solicitar crédito na instituição financeira ou fornecedor, aumentando as chances de ter seu pedido aprovado.


Por fim, a escolha do sócio deve se basear no que será melhor para a existência e sucesso da empresa. O que será necessário para o desenvolvimento das atividades do negócio, quais são as capacidades, habilidades e atitudes que os sócios precisam possuir? Com a análise desses fatores é possível identificar as características dos perfis dos sócios, e assim planejar os critérios de avaliação para realizar a escolha mais adequada. Enfim, deve-se procurar no sócio as características que não possuímos.


*Rodrigo Sanchez é gerente corporativo de Soluções de Concessão para PMEs da
Serasa Experian 

Fonte: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI242311-17141,00-O+SUCESSO+DO+NEGOCIO+DEPENDE+DA+BOA+ESCOLHA+DO+SOCIO.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

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