ANA KREPP
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ter uma ideia na cabeça, mas não dinheiro no bolso para montar um
espaço de trabalho e colocá-la em prática já não é problema para os
adeptos do "coworking", como são chamados os escritórios compartilhados.
A iniciativa, que chegou ao Brasil em 2008 e até há pouco tempo causava
desconfiança sobre sua efetividade, conquistou, enfim, micros e
pequenos empresários de diversos setores.
"Saí de uma sala alugada para cá, onde não fico mais sozinho o dia
inteiro e ainda economizo", diz Mário Verdi, sócio da Apdesign
(Associação de Profissionais em Design do Rio Grande do Sul), que divide
os 500 metros quadrados do local de trabalho com mais cem pessoas.
Entre os principais atrativos do "coworking" está a possibilidade de
ajustar as diversas formas de contratação do espaço --por hora, período
completo ou sala de reuniões-- com o modelo de negócios do empreendedor.
Além disso, existe a disponibilidade imediata para início --com a
infraestrutura completa de um escritório-- e custo mais baixo em
comparação com os escritórios convencionais.
"Em um 'coworking', você conhece possíveis clientes, fornecedores,
parceiros e vivencia um espaço de constante debate, interação e até
entretenimento", explica Walker Massa, fundador do Nós Coworking.
MOVIMENTO CRIATIVO
O italiano Domenico de Masi, autor de "O Ócio Criativo", visitou --para
alegria dos "coworkers"-- o Nós, quando pediu para ser levado a um
"lugar com movimento criativo" no Brasil.
Os escritórios compartilhados do país, inspirados em modelos que
surgiram na Europa e também nos Estados Unidos em 2005, apostam na
mudança dos paradigmas de local e modos de trabalho do século 20.
Fernanda Nudelman, fundadora do Pto de Contato, resume: "A rigidez do
ambiente corporativo, a solidão do 'home office' e o barulho para
trabalhar em cafés levam o empreendedor ao 'coworking'".
DIFERENTES OBJETIVOS
Há escritórios que oferecem mais do que um espaço para trabalhar. Por
exemplo, há também rede de contatos e atividades para socialização entre
os membros.
O The Hub, em São Paulo, primeiro escritório compartilhado no Brasil,
ofertava, no início, apenas o compartilhamento, mas logo definiu quem
queria atrair e hoje aplica "testes de compatibilidade" aos futuros
membros.
"Acho interessante buscar um espaço onde existam outras pessoas com
empresas e atividades que gerem sinergias para o seu negócio. Temos
membros de várias áreas diferentes, mas todos buscando criar um impacto
positivo no mundo por meio de organizações sociais e empresas", afirma
Henrique Bussacos, fundador do Hub.
Cadu de Castro Alves, proprietário do Bees Office, um dos únicos
"coworkings" no Rio de Janeiro, concorda. "Muita gente não suporta
trabalhar em escritórios normais, justamente por ser quadrado e pela
falta de interação. No modelo compartilhado, isso é o mais importante",
afirma ele.
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Fonte: Folha de S.Paulo via http://www.4mail.com.br/Artigo/Display/017229000000000 |
Objetivo: Disseminar conteúdos relevantes sobre Contabilidade, Tributos, Sped, IFRS entre outros.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Escritório compartilhado ganha adeptos
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