MARIANA SCHREIBER
DE BRASÍLIA
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira a
desoneração da folha de pagamento de mais 25 setores em 2013.
Essas indústrias deixarão de pagar 20% de contribuição previdenciária
sobre a folha de pagamento e passarão a recolher entre 1% e 2% sobre o
faturamento.
O governo condicionou a medida à manutenção dos empregos. Mantega disse
ainda que os empresários dos setores beneficiados se comprometeram a
repassar a redução dos custos para o preço final.
Trata-se de mais um medida para tentar alavancar o crescimento do país, que neste ano deve ser de apenas 2%, segundo nova projeção divulgada hoje por
Mantega. A projeção anterior era de expansão de 3% do PIB neste ano.
Para o ano que vem, o governo trabalha com crescimento de mais de 4%.
As novas desonerações, somadas aos 15 outros setores já beneficiados neste ano,
vão representar uma perda de arrecadação de R$ 12,83 bilhões em 2013.
Essa perda de receita é resultado da diferença entre os R$ 21,57 bilhões
que deixarão de ser arrecadados com a contribuição previdenciária e os
R$ 8,74 bilhões que serão recolhidos com a cobrança sobre o faturamento.
Os 40 setores desonerados até agora representam 13% do emprego formal
do país, 16% da massa salarial do setor formal e 59% das exportações de
manufaturados.
Segundo Mantega, as medidas são definitivas e vão resultar numa
desoneração de R$ 60 bilhões em quatro anos. Ele disse que o novo
imposto sobre faturamento não vai incidir sobre a receita com
exportações.
Entre os novos setores beneficiados estão transportes coletivos (aéreo,
marítimo, fluvial e rodoviário), indústrias de alimentos (aves, suínos,
pescado, pães e massas), indústria farmacêutica, serviço de suporte
técnico de informática, indústria de linha branca (fogões,
refrigeradores e lavadoras).
Parte da desoneração desses 25 setores está prevista na medida
provisória 563. Outra medida provisória será editada para incluir os
demais.
Já existem 15 setores beneficiados pela desoneração. Com isso, o total de setores beneficiados chega a 40.
COMPETITIVIDADE
De acordo com o ministro, a desoneração da folha de pagamento vai
reduzir os custos das empresas, aumentando a competitividade do produto
nacional.
Mantega prevê que a medida vai ter efeito positivo sobre a inflação, já
que a concorrência com os importados deve levar os empresários a
repassarem a redução de custos para os preços finais.
Além disso, o ministro disse que as medidas terão impacto positivo no
emprego."A tendência é o aumento da contratação e da formalização",
afirmou.
Veja, abaixo, as condições impostas pelo governo para desonerar a folha de pagamento:
CONDICIONANTES
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NOVOS BENEFICIADOS
Confira os 25 novos setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos
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SETORES JÁ DESONERADOS
Confira os setores que já substituíram a contribuição previdenciária
Governo continuará a fazer desonerações, diz MantegaO ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira que novas medidas de desonerações deverão ser tomadas.
A afirmação foi feita após o anúncio da inclusão de 25 setores na desoneração da folha de pagamentos.
"Posso garantir que vamos seguir fazendo desonerações", disse o
ministro, depois de explicar que o governo seguirá com a política de
corte de gastos de custeio, buscando ganhar espaço para ampliar
investimentos e as próprias desonerações.
Com a desoneração da folha de pagamento de 40 setores anunciada, o
governo abre mão de R$ 12,83 bilhões em 2013. Parte dessa renuncia já
estava prevista no Orçamento.
Além disso, já está comprometido outro R$ 1,374 bilhão referente à
redução do prazo para depreciação de bens de capital adquiridos entre 16
de setembro até o fim do ano.
CESTA BÁSICA
Mantega disse que o governo ainda não tem uma posição sobre a
desoneração total da cesta básica, pedido incluído na Medida Provisória
563 pelo Congresso Nacional. "A cesta básica já é bastante desonerada",
disse.
O ministro lembrou que entre os produtos da cesta básica, apenas o
açúcar paga Imposto sobre Produtos Industrializados. Outros itens não
pagam PIS/Cofins.
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Fonte: Folha de S.Paulo via Fenacon |
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Governo inclui outros 25 setores em lista de desoneração da folha
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