As constantes mudanças na legislação do SPED,
estão deixando os profissionais de TI e Contábeis cada vez mais
atarefados, não obstante a relação entre eles tornam-se desgastadas, no
entanto se faz necessário um relacionamento capaz de atender a atual
demanda do mercado.
Atualmente não vejo que este seja o único obstáculo a ser quebrado
para o bom desenvolvimento e atendimento das obrigações fiscais, pois me
deparo com uma situação que ultrapassa as atribuições do profissional
de TI e Contábil, a demora e a espera por desenvolvimentos e
atualizações dos softwares por parte das empresas de tecnologia, é algo
inadmissível, e pior é que ainda existem situações de equívocos no
conceito de desenvolvimento de softwares, por exemplo, um produto que é
tributado a alíquota zero de PIS/COFINS e o sistema simplesmente não
trata esta situação. Ao iniciar os trabalhos para gerar o EFD PIS/COFINS
constatei que a lógica do sistema não trata uma alíquota zero,
simplesmente não se preocuparam por ser alíquota zero, esta visão
equivocada do processo acarretou diversas divergências no momento em que
se fez necessário os dados da base de cálculo destes produtos
tributados a alíquota zero.
Inicialmente a empresa de software tentou corrigir os problemas na
medida em que estavam aparecendo nos geradores de arquivos para Sped
Fiscal e EFD PIS/COFINS por exemplo, ao invés de solucioná-los na
origem(na gravação dos dados na base), só que outras situações surgiram,
e a empresa se viu obrigada a rever seus procedimentos, enfim além
deste que é apenas um dos problemas nos vemos a mercê destas empresas de
tecnologia aguardando os chamados em abertos, as FNC(ficha de não
conformidade) e as patchs(atualizações) que infelizmente atrasam e
dificultam demais nosso trabalho, para se ter uma idéia ainda existem
registros no EFD PIS/COFINS que ainda estão sendo desenvolvidos, como o
bloco F(demais documentos e operações), o que para nós usuários é um
problema grave, porque o simples fato da prorrogação de entrega do
arquivo não diminui em nada o nosso trabalho, pois os fatos geradores
continuam os mesmos, abril/11 para as empresas com acompanhamento
diferenciado e julho/11 para as demais, esta demora na liberação do
software é preocupante, e extremamente desgastante.
Tanto se leu e ouviu dizer a respeito do planejamento para se
implantar o EFD PIS/COFINS, mas quase ninguém fala na demora por parte
das empresas de software em liberar os programas, por isso vejo essa
prorrogação como um problema, pois todos os envolvidos relaxam e só
iniciam os trabalhos quando está próximo novamente o envio, visualizo
ainda grandes problemas na geração e envio deste EFD PIS/COFINS, tamanha
a complexidade e dificuldade das empresas de softwares, e dos
profissionais envolvidos, tenho contato diário com colegas que sequer
iniciaram os trabalhos a respeito, eu sempre alerto para a dificuldade, e
digo que eu estou trabalhando com o EFD PIS/COFINS desde março/11
analisando e parametrizando o que fosse possível e mesmo assim hoje
estamos na dependência de uma solução da empresa de tecnologia, que
poderia facilmente ser identificado com um simples mapeamento nos
processos.
É sabido que estas empresas estão em constante estudo e atualização,
mas não dá para aceitar uma demora tão grande para liberação de um
programa, e pior com erros infantis como destacado nesta situação do
produto tributado a alíquota zero, ainda temos de ouvir justificativas
de que esta situação ocorre por causa do legado.
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