Por Gilmar Duarte da Silva
Empresário é toda pessoa que estabelece uma entidade para ofertar
produtos ou serviços. No entanto, o simples exercício de uma atividade
econômica não faz de ninguém um bom empreendedor.
Geralmente o profissional da contabilidade inicia
suas atividades e aprende o oficio trabalhando de colaborador de um
empresário. Com o passar do tempo, o profissional vai ganhando
autoconfiança e se sentindo seguro para executar todos os serviços do
meio contábil, momento em que resolve começar o seu próprio negócio. E
assim surge mais um empreendedor no mercado.
O novo empresário contábil ocupa-se com todas as tarefas para prestar o melhor serviço possível ao cliente. Faz a contabilidade, a escrituração fiscal, a folha de pagamento e
todas as obrigações acessórias. Quando o serviço vai se acumulando o
competente profissional decide contratar ajudantes, mas continua sendo o
melhor cumpridor das tarefas rotineiras e muitas vezes se gaba desta
façanha.
Imagine se, por exemplo, é possível ao empresário do ramo da
indústria do vestuário se ocupar em fazer a modelagem, cortar o tecido,
costurar e ainda auxiliar no acabamento do produto. Ele terá condições
de fazer tudo isto e ainda bem administrar a empresa? Ele terá qualidade
de vida?
Ao pesquisar diversos autores podemos resumir como as principais
características do perfil de um empreendedor: autoconfiança,
automotivação, criatividade, flexibilidade, energia, iniciativa,
perseverança, resistência à frustração e disposição para assumir riscos.
Perceba que a ocupação com tarefas rotineiras, ou seja, “colocar a mão
na massa” não faz parte da lista.
O empresário contábil deve pensar, planejar e administrar o seu
negócio. Atualmente vivemos grandes mudanças no meio contábil com o
advindo dos SPEDs, do IFRS e
das constantes obrigações que o governo cria ou que os clientes exigem.
A classe precisa unir-se mais ainda para decidir como enfrentar os
novos problemas, pois a falta de pensamento coletivo faz brotar a
insegurança e pode comprometer a precificação dos serviços. “Ninguém
está cobrando por determinado serviço – logo, se eu cobrar, posso perder
o cliente. Melhor fazer de graça”. Pronto. A armadilha está ativada.
Este empresário contábil que pensa e age desta forma trabalhará mais e
receberá bem menos do que deveria. É assim que queremos continuar?
A pressão exercida por alguns clientes tem sido cada vez maior.
Muitos exigem um nível acima do excelente na prestação do serviço, mas
se ofendem quando informados do custo, irritam-se e ameaçam buscar um
profissional menos ganancioso. Se isto também ocorre com você saiba que seu desconforto se repete em muitas empresas de contabilidade.
Mudar este cenário e valorizar o desempenho profissional do
empresário contábil depende de nós mesmos, e a forma mais natural de
provocar a mudança é buscando a união. Os sindicatos da classe contábil
nunca estiveram tão atuantes como hoje, então engaje-se para conhecer
melhor como é possível trabalhar com rentabilidade digna. Quanto mais
empresários fizerem parte do grupo, maiores serão as conquistas, a força
e a valorização da categoria.
http://www.joseadriano.com.br/profiles/blogs/a-uniao-contribui-com-o-sucesso-do-empresario-contabil
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