Os consultores de carreira afirmam que o salário não é a única forma
de motivar o colaborador. Quem explica este assunto é o professor
Oswaldo Carvalho, mestre em Gestão de Pessoas, para quem a qualidade do
ambiente organizacional influencia diretamente no comportamento do
funcionário.
“Muitos negam um convite de trabalho porque estão satisfeitos com o
clima do emprego atual. Quando o ambiente é agradável, com um padrão
contagiante, o colaborador passa o dia feliz e isso é importante”,
explica o professor. De acordo com ele, citando outro estudioso do
assunto, os 35 melhores anos da vida de uma pessoa são passados dentro
da empresa. “Imagina se for um inferno? Não é possível sobreviver nem
produzir, porque isso interfere na saúde mental. Um bom ambiente de
trabalho é sinônimo de funcionário produtivo”, afirma.
De acordo com o especialista, quando a pessoa está bem no trabalho e
consigo mesma, configura-se a satisfação pessoal. A sensação de
bem-estar se traduz nas relações pessoais, no interesse e na
colaboração. “Veja que eu não mencionei o salário. Ele está no meio da
satisfação pessoal, mas já entrevistei muitas pessoas que estavam
procurando um emprego com salário menor porque o clima era extremamente
motivacional”, exemplifica.
Sobre a remuneração, Oswaldo Carvalho afirma ser um determinante em
vários pontos. “Você fez um curso, passou por um estágio, se qualificou.
Hoje você tem outro preço. O salário é o mérito pelo seu desempenho na
vida. Você tem que saber exigir isso no seu trabalho”, afirma. Ainda de
acordo com o especialista, quem está em busca de aprendizado sempre tem a
questão financeira como algo primordial, mas isso não está acima da
satisfação vinda de um ambiente agradável.
A secretária Cintia Souza confirma o que diz o professor. Há cerca de
três anos ela trabalha em uma empresa do ramo de agronegócios e credita
ao bom ambiente de trabalho boa parte de sua satisfação pessoal. “É uma
firma pequena, não chegam a 30 funcionários, entre internos e externos.
Parece uma família mesmo. É um ambiente agradável. Você acorda e vai
trabalhar com vontade”, conta.
De acordo com Cintia o salário não é o que define o melhor local para
se trabalhar. “Eu sempre disse que o ambiente da empresa é o mais
importante. Tive muitas experiências boas, sorte de estar em equipes
bacanas por onde passei. Mas já tive uma experiência não muito agradável
quando saí de um estágio para outro com melhor remuneração, mas percebi
que não valia a pena e voltei para a empresa anterior. O salário era
menor, mas eu me sentia melhor”, recorda.
Do emprego atual, Cintia Souza não pensa em sair. “Já aconteceu,
algumas vezes, de receber outras propostas de trabalho. Mas estou em uma
empresa muito boa, com muitos benefícios. Estou me estabilizando agora
e, neste momento, não trocaria. Estou muito satisfeita e não arriscaria
mudar”, diz.
Fonte: http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/economia/empregos/arquivos/2011/outubro/0190.html via Fenacon
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