PMEs que não convergirem para o novo sistema poderão ser multadas
O
prazo para a aplicação do novo padrão contábil para as pequenas e
médias empresas, o IFRS (International Financial Reporting Standards),
em vigor desde janeiro de 2010, vence em janeiro de 2013. Apesar do
largo período para adequação, poucas empresas cumpriram a determinação
baixada pelo Banco Central e regulamentada por portaria do Conselho
Federal de Contabilidade, o CFC. E, em caso de fiscalização, poderão ser
multadas.
O
processo de convergência obriga todas as empresas brasileiras e órgãos
da Administração Pública a adequarem suas Demonstrações Financeiras para
o padrão Internacional, destacando que as Pequenas e Médias Empresas
possuem uma norma internacional compilada e sintética (IFRS PME), mas
que traz os mesmos conceitos da norma integral. “O ritmo desta
convergência é ditado pelos Órgãos reguladores, que adotaram
procedimentos diferentes”, acrescenta Luís Fagundes, gerente da FTI
Consulting, empresa de consultoria de negócios global que se dedica a
ajudar as organizações a proteger e ampliar o valor de sua empresa em um
ambiente jurídico, regulatório e econômico cada vez mais complexo
Como
exemplo Fagundes cita a CVM e Susep, que regulamentaram a adoção do
IFRS inclusive nos balanços individuais. Já o Banco Central, lembra o
executivo da FTI Consulting, foi mais cauteloso e exigiu a adoção nos
Balanços Consolidados apenas de Instituições de Capital Aberto ou que
são obrigadas a Constituição de Comitê de Auditoria e estão sendo
exigidas desde o Balanço de 2010. “No caso das Pequenas e Médias
Empresas, o CFC imprimiu um ritmo mais lento para a implantação das
mudanças, e poucas empresas atendem a esta exigência no momento”, afirma
o executivo.
Demonstrações
financeiras e contábeis bem elaboradas trazem informações importantes
para a tomada de decisões de investidores ou usuários destas informações
como bancos, sócios, governo etc. Alguns negócios, principalmente
quando envolvem pequenas e médias empresas, não são efetivados ou são
após grandes dificuldades devido à falta de informações precisas sobre
as atividades da empresa na contabilidade. “O empresário brasileiro não
dá a devida e necessária importância a contabilidade, ao contrário do
investidor estrangeiro. Para este último, a contabilidade é assunto
sagrado por demonstrar a transparência e rentabilidade da empresa, além
de revelar a sua real credibilidade”, assegura Fagundes.
“Vivemos
um momento de amadurecimento na utilização das Normas Internacionais,
as empresas estão trabalhando na melhoria da utilização dos conceitos
inseridos nas IFRSs e os Órgãos Reguladores estão acompanhando de perto a
geração e publicação destes novos Demonstrativos, alguns como a CVM, já
estão aplicando multas pela não entrega no prazo”, revela o executivo
da FTI Consulting.
O
processo é irreversível e todas as empresas deverão se adaptar e
estarem preparadas para produzir demonstrações financeiras e contábeis
com números que retratarão com maior clareza e transparência a real
situação financeira e patrimonial da empresa.
Fonte: Incorporativa via http://www.fenacon.org.br/noticias-completas/514
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